quinta-feira, 24 de março de 2016

A Páscoa Esotérica de Jesus Cristo


Durante 30 anos Jesus se preparou como homem para se apresentar à humanidade como o Cristo.
O Mestre dos mestres sempre quis que todos indistintamente se transformassem em um Cristo, apesar disso, as pessoas buscavam a Ele pelos milagres que realizava e poucos, bem poucos, O buscavam para obter a vida eterna. Queriam apenas que as suas necessidades momentâneas fossem atendidas. Pouco mudou desde aquela época. Os que procuram seguir os passos de Jesus e que calçam Suas sandálias, são taxados como loucos, estão fora da realidade a exemplo da época em que ele caminhava sobre a terra afim de mostrar ao homem o caminho do “reino de Deus”. Um reino que não está fora, mas dentro do próprio homem, portanto, totalmente ao seu alcance. Este reino está na pureza do coração e das ações.
Na Páscoa muitos buscam estar presentes em todos os atos religiosos, mas poucos buscam a sua transmutação, sua ressurreição, sua redenção que só pode acontecer a partir de sua transformação em um novo homem.
Quando Jesus estava em Cafarnaum pregando no Templo, depois de realizar grandes feitos afim de dar aos presentes o elixir para a solução de todos os problemas de suas vidas e não apenas as soluções momentâneas, ao invés dos presentes perceberem a profundidade do que o Mestre estava a dizer, reclamaram dizendo “duro é ouvir isso” e o abandonaram, ficando ao Seu lado uns poucos que verdadeiramente desejavam encontrar o “reino de Deus”, aprender a se transformar, a nascer em espírito.
O homem em sua maioria sempre optou pelas facilidades e comodidades, sempre preferiu receber o peixe para saciar a fome do que aprender a pescar e garantir o alimento para toda a vida. Essa comodidade, esse afastamento de Deus tem retardado a sua transformação de criatura, em filho de Deus.
Jesus se sacrificou ao máximo para que todos indistintamente atingissem a vida eterna, demonstrando pela humanidade um amor poucas vezes experimentado. Jesus Cristo deu sua vida pela humanidade enquanto que ela ao longo dos séculos vem preferindo “comprar” a ideia de que basta crer que Ele é o filho de Deus e aceita-Lo como seu único salvador para que seja alcançado o “reino de Deus”. Ora, se assim fosse, o Cristo não teria perdido tempo de ensinar à humanidade o caminho até o Pai, bem como não teria respondido a Nicodemos, doutor da lei que “é preciso nascer de novo, nascer em espírito”.
A bem da verdade o conhecimento passado pelas religiões leva ao saber, mas, só na medida em que o homem expande sua consciência é que ele se aproxima da sabedoria divina. Deus não escolhe os preparados, mas prepara os escolhidos e esses deverão ser sempre àqueles que se colocam no caminho que os conduz até Ele.
ressurreição, portanto, depende da transformação e isso ficou claro nas mensagens do Mestre.
A lei do amor é a maior de todas as leis. Portanto não pode dizer que ama quem engana ao seu próximo, quem falta com a verdade, quem trapaceia, quem só quer levar vantagem em tudo, quem desconhece a dor alheia, quem deixa de estender às mãos para o irmão caído, quem fecha os olhos e não enxerga os que sofrem, quem não se mantém sempre alerta para servir ao outro e para amá-lo como a si mesmo.
Não basta apenas comemorar a Páscoa, ou seja, a morte e ressurreição do Cristo, a exemplo do que fazem os Judeus que comemoram a Páscoa bem antes do Cristianismo como a data da libertação do povo do julgo do Egito após mais de 400 anos. É preciso mais. É necessário dignificar a morte e ressurreição do Cristo com a transformação permanente. É necessário querer nascer de novo. É importante que se diga em alto e bom som e em atitudes, “eis-me aqui Senhor” para que as palavras do Cristo que representam o Verbo de Deus façam morada no coração do homem. Querer apenas os benefícios do milagre da ressurreição é egoísmo, é desmerecer o sacrifício do Cristo pela humanidade.
Buscai o reino de Deus dentro de si e todas as coisas virão como acréscimo!
Fr. A.N.

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A Páscoa

Mensagem da Irmã Elisabete Oliveira – Gaia – Porto – Portugal que nos fala sobre a Páscoa. 
Vale apena refletir!
Escrevo a todos a desejar-vos uma Santa Páscoa e que a Ressurreição/Renovação/Transformação símbolo desta esteja em ós cada vez mais consciente. Partilho com todos vós o significado mais interno e esotérico da crucificação, que foi uma forma ou estrutura extrema pela qual Jesus que se tornou o Cristo (Amor/Luz) pois teve que passar por determinadas coisas, para dar a conhecer coisas mais profundas que todos nós possuímos dentro de nós mesmos. Apesar de ter passado por todos aqueles tormentos, injustiças, perseguições Ele não se deixou influenciar ou programar por estas formas ou padrões de pensamentos ou ações e não ativou dentro dele qualquer tipo de pensamento que não fosse amor por seus irmãos e semelhantes, por isso proferiu a frase “perdoa-lhes Pai pois não sabem o que fazem”. Através desta atitude consciente ele mostrou ao Mundo, e expandiu para o Universo toda uma nova estrutura de resgate da nossa verdadeira essência e deu-nos as coordenadas de que elas estão dentro de nós. No fundo, mostrou-nos que a salvação, a transformação, a ressurreição não estão fora de nós, mas dentro de nós, e que todos temos acesso a ela. E que o filho de Deus não tem que se justificar do que quer que seja, pois quando tenta justificar está a interpretar, está a dar valor ou julgar algo como certo ou errado enquanto o Cristo no afirma “não julgueis para não serdes julgados”. Nada justifica o julgamento, a raiva, o ódio, a inveja pois, se isso acontece, significa que temos projeções e interpretações dentro de nós face a determinados fatos e que estamos a dar-lhe valor e a atrair mais essas vibrações para nós, criando essas realidades à nossa volta. No entanto, pensamos como pode isso ser verdade se todos os dias abrimos a televisão e jornais e somos bombardeados com as mais trágicas notícias chegando de todo o lado? O que nos faz realizar coisas boas ou menos boas tem a ver com o nosso estado de consciência e vibração em relação aos nossos pensamentos, e ao estarmos alinhados com o nosso Eu autentico que sabe que somos verdadeiramente seres Divinos a ter uma experiência humana que contribui para a nossa expansão e a expansão do Universo em si, que continua também ele em plena expansão e espera também o nosso contributo nessa mesma dilatação.
Somos co-criadores e consoante à atenção que damos a determinado pensamento estamos a dar-lhe força, impulso para eles se manifestarem e muitos desses impulsos (pensamentos) infelizmente não são os mais simpáticos para nós e por vezes nem somos conscientes deles, pois estes pensamentos são largados a uma velocidade alucinante pelo nosso inconsciente e só conseguimos sentir a emoção que nos causa. Quando essa emoção é boa é sinal que estamos alinhados com a Fonte e o nosso Eu autentico e em plena expansão a criar e atrair coisas boas, quando temos sentimentos negativos e nos sentimos incomodados isso implica que estamos desalinhados da fonte pois estamos a criar coisas indesejadas para nós e possivelmente vai-se atrai-las para si e criar esta realidade à sua volta pois a força de pensamento que mais está a impulsionar dentro de si é a que desalinha o eu autentico. Então, se esse desalinhamento é grande devido aos seus medos, crenças, conceitos e a pessoa lista como certos ou errados está a sair do seu centro pois a Fonte sabe que estamos aqui a experienciar tal como devia ter consciência disso, pois ela a Fonte/Deus não julga pois é puro Amor, somos nós dentro de nós mesmos, melhor dizendo cada ser dentro de si próprio que cria esta desestabilização em si próprio, pois emitiu um julgamento de certo ou errado perante algo, em vez de aceitar independentemente do que seja, o que não significa identificar-se com os fatos. Quando a pessoa não se identifica, não dá valor/poder; então está aberto um espaço quântico para acontecer uma ressurreição ou milagre, isso foi o que Jesus veio e quis transmitir a todos. Não temos que seguir carregando a cruz. Cada um de nós tem a capacidade para criar em amor coisas boas para nós e para os outros. Aí está mais um dos nossos níveis e alinhamentos com Deus/Fonte “não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti e, ama teus irmãos como a ti mesmo”, também mostrado na frase “ama o teu inimigo como a ti mesmo”, pois quando isso acontece damo-nos conta em primeiro lugar que nos amamos a nós próprios e em segundo, que compreendo que o outro não é nosso inimigo, mas, muitas das vezes, foi a nossa bússola para nos dar conta do programa dentro de nós, ou do ego que tínhamos, dos demónios que criávamos, dos obsessores (pensamentos) que alimentávamos e que muitas vezes criavam formas e estruturas no astral. Como disse Dalai Lama a qual eu acrescentei algumas coisas entre parentes “O que é meu inimigo? Eu mesmo, minha ignorância, meu apego, (crenças, conceitos, condicionantes, juízos), meus ódios, (raivas, frustrações, catalogações de certo ou errado). E como está escrito no livro do Tao: “O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra, tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. ” E para finalizar as citações que vão um pouco de encontro ao que o símbolo da cruz que Jesus renascido Cristo nos quis mostrar deixo-vos: “Quem vence alguém é vencedor, quem vence a si mesmo é invencível” de Morihel Veshiba. Portanto aproveitemos todos a Era de Aquário (era da mente/símbolo Ar) para nos tornarmos cada vez mais conscientes de que o nosso pensamento individual contribui e está interligado com o de todos os nossos irmãos. E quanto mais formos o número de Irmãos a ter está consciência de que o que eu penso pode interferir no outro e interferir em mim de acordo com os programas, padrões, crenças que temos abertos, estaremos mais atentos e vigilantes em relação aos nossos pensamentos e tudo isto, já tem sido escrito e descrito ao longo dos séculos por poemas, histórias, parábolas, metáforas.... a verdade sempre esteve e estará presente para olhos e ouvidos que estejam atentos e abertos. Que o impulso deste ano 9 (2016) que vibra em energia dourada, também chamada: Crística, sábia, de amor, união. Volte a reunir e tornar consciente a todo o Ser que Somos e a Unidade a que todos estamos Ligados, Fonte/Deus/Absoluto.... e nunca estivemos separados e nunca estaremos separados, só estamos a experienciar e expandir nossa consciência contribuir para a expansão e dança do cosmos/Universo. Assim que cada um de vós se Transforme em Cristo (Amor) esse é o meu desejo para todos nós.
Abraço de Luz Transformador. 


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sexta-feira, 18 de março de 2016

A morte de Jacques De Molay não foi em vão


Grão Mestre Dom Fernando e o
Gran Prior Albino Neves
Hoje, 18 de março de 2016, completa 702 anos da morte de Jacques De Molay e de inúmeros outros Irmãos Templários nas fogueiras da Inquisição devido a ganância de um rei (Felipe – o Belo, da França) e a omissão do Papa Clemente V.
Ainda hoje aguardamos que a Justiça seja feita.

Representantes da Ordem Templária
reunidos no Brasil  no Encontro Templário
Latino Americano
Apesar dos achados no Vaticano onde Clemente V inocenta os Templários e não condena a Ordem, ele "extinguiu" a Ordem por via de Provisão, deixando esta questão pendente.
Em seus escritos as “Clementinas” não incluem tal decreto e nem na bula “Vox in Excelso ou Vox Clamantis”. Acreditamos que cabe ao Papa Francisco, neste ano da Misericórdia, fazer Justiça àqueles que serviram com fidelidade e que deram suas próprias vidas pelo Cristo e pela Igreja. Nós esperamos isso. Nós confiamos nisso. Por isso damos nossas vidas.
Templários no início da rota de peregrinação
do Caminho da Luz, o Caminho do Brasil
No Archivum Secretum Apostolicum Vaticanum – Archivum Arcis, Arm. D217 a pesquisadora Barbara Frale encontrou o Pergaminho de Chinon onde os Bispos que interrogaram o Grão Mestre Jacques De Molay afirmam; “ concluímos que deve ser consagrado, segundo o uso da Igreja, o benefício da
absolvição àquele mesmo freire Jacques (De Molay), Grão-Mestre da dita Ordem (dos Cavaleiros Templários), de acordo com o modo e a forma subscritos, ele que abjurou nas nossas mãos tanto a referida heresia como qualquer outra, que prestou juramento corporal perante os Santos Evangelho de Deus e que pediu humildemente o benefício da sua absolvição”.
Nossos Irmãos Maiores morreram nas fogueiras da Inquisição injustamente!
Na verdade, sempre lutaram em favor da justa
Templários membros da Confraria
de Santiago de Compostela com o
Bispo Don Segundo Pérez.
causa de fazer deste mundo um mundo melhor para todos seguindo os preceitos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Gran Priorato Templário do Brasil – Cavalaria Espiritual São João Batista trabalha seguindo a mesma linha dos Irmãos Maiores em busca de um mundo melhor, reconhecendo que para isso é necessário como o Cristo anunciou “nascer de novo” ou seja, matar o velho homem, o ego, para o nascimento do novo homem, do Eu Divino. Acreditamos que sem esse renascimento é impossível alcançar o “”reino de Deus”.
Robin Griffith-Jones - Master of the 
Temple e o Gran Prior Albino Neves
Estamos vivendo em plena hora da mutação e no ano em que a Ordem completar nove séculos (2018) a previsão é a de que o mundo passará pela maior transformação da história da raça humana. Nesta época de transformação da humanidade é preciso transformar a si mesmo para estar preparado.
Existe um momento em que se deve acordar para se descobrir que se está vivo!
Para isso é preciso abrir os
olhos! Abrir os olhos significa despertar para o fato de que enquanto houver violência, existirá dor; enquanto existir fome, haverá miséria e haverá guerras; enquanto existirem crianças abandonadas e idosos desamparados existirá desigualdade.

Portanto, enquanto houver sofrimento é porque o homem ainda não descobriu que o Deus existe dentro dele também está dentro do outro.
Jacques de Molay continua vivo dentro de cada Cavaleiro e Dama Templária do mundo.
Assim, seguimos em frente com o lema instituído desde a fundação da Ordem “Non nobis Domine, non nobis Sed Nomini Tuo da Gloriam” lema este simplificado por Inácio de Loyola “Ad maiorem Dei Glorian”.

Gran Priorato Templário do Brasil - Cavalaria Espiritual São João Batista
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sábado, 12 de março de 2016

A Sabedoria Templária

Na Idade Média nove cavaleiros deixaram suas famílias, títulos e o conforto de seus lares na França e partiram para o Oriente Médio, com a missão de se estabelecerem na terra onde estavam guardados antigos segredos sobre o velho e o novo testamento. Até aí nada de novo, pois muitos já fizeram isso antes, fato que é público e notório.
Esses cavaleiros se diferenciaram dos demais, pois se instalaram em Jerusalém para protegerem os peregrinos da Europa e de outras partes do mundo que para lá se dirigiam afim de visitarem a terra onde muitos profetas e o próprio Cristo vivera.
Com a permanência dos cavaleiros na Terra Santa, o rei Baduíno resolveu dar-lhes os escombros do antigo templo de Salomão para eles se instalassem, vindo daí o nome de Cavaleiros Templários ou Cavaleiros do Templo de Salomão.
Nove anos depois os cavaleiros que desde que lá chegaram começaram a escavar os escombros do templo encontraram objetos, documentos e relíquias que se viessem à tona desestabilizaria a Igreja e seus dogmas. Tais achados falavam das práticas e forma de vida da Igreja primitiva, diferenciada em muito da igreja de então.


Diante do achado e apadrinhados pelo Abade francês de nome de Bernard de Clairvaux, os Cavaleiros passaram a ser reconhecidos pelo Papa e a gozar de privilégios dados pela Igreja que ninguém mais teria na face da Terra.
Os Cavaleiros tinham seus próprios escritos criptográficos que lhes garantiriam comunicar-se entre si, e assim, guardar e transmitir segredos que só os que pertenciam à Ordem e que tivessem certos graus dentro da mesma poderiam tomar conhecimento.
Apesar da tragédia da Ordem do Templo ocorrida em 1307 pela ganância do rei Felipe - o Belo – da França com a anuência do Papa Clemente V com fins de se apossarem dos tesouros da Ordem, seus segredos e mistérios continuam resguardados como sempre os tiveram. Seus ensinamentos reservados vêm sendo repassados aos seus membros de forma oral, como eram repassados os antigos ensinamentos do Cristo a seus seguidores e discípulos mais próximos.
O que o rei e o Papa conseguiram com suas ações foi apossar-se das cerca de 9 mil propriedades pertencentes à Ordem, mas não de seus tesouros, que nunca foram encontrados.
Com a tragédia, a Ordem se dividiu em duas correntes, uma miliciana, que ainda hoje acredita que pela força vai “vingar” a morte de Jacques De Molay e dos Irmãos mortos na fogueira. Enquanto que a outra, como verdadeiros Soldados de Cristo, acredita que Jacques de Molay e os Irmãos queimados vivos nas fogueiras da inquisição, se ofereceram em holocausto para preservarem os segredos da Ordem, das mãos de infiéis, tendo em vista, as muitas investidas na época de soberanos em busca de se infiltrarem para tentar descobrir os tesouros da Ordem. São esses Cavaleiros que ainda hoje acreditam que só pela via do coração, do amor e do renascimento do homem é possível conhecer e se achegar até o Graal.
Enquanto o primeiro grupo acredita que pela força vai restabelecer o nome da Ordem, o segundo, busca preparar-se espiritualmente para se tornar “digno de conhecer os mistérios do Cristo”. Para esses, o que importa é o alimento que “não perece, mas dura para a vida inteira”.
Antes de ser um Cavaleiro Templário capaz de “combater o bom combate” o Cavaleiro deve se tornar um bom Monge e isso São Bernardo que escreveu as regras da Ordem dizia desde a fundação da mesma.
O mal gera o mal e só o bem vence o mal.
Deus não escolhe os preparados, mas prepara os escolhidos.
A sabedoria do homem é loucura diante de Deus.
É impossível se chegar ao sagrado pela via do intelecto.
Só se chega ao sagrado pela via do coração.
Se o Iniciado não deixar seus sonhos e fantasias sobre a iniciação e a Ordem do lado de fora do Templo, não pode conhecer o segredo que é revelado aos puros de coração.
Deus fala ao homem de diversas maneiras e, é preciso que o homem esteja sempre aberto a mensagem de Deus.
Nenhum mistério pode ser revelado de uma só vez. Na medida em que o Iniciado vai caminhando em direção ao Graal, ele vai recebendo informações que, como um quebra cabeça, vão se encaixando peça por peça, para a formação de um novo quadro. Assim os enigmas vão se tornando visíveis ao seus olhos.
É preciso que a mente vá se expandindo e se fundindo à luz. Dessa expansão começa a surgir o desvendar dos mistérios. Ninguém, por mais alto grau que ocupe na Ordem tem o poder de transmitir a outrem os ensinamentos sagrados. De torna-lo novo homem. Só o Iniciado pode se colocar em condição de receber tais ensinamentos de acordo com o grau de seu desenvolvimento pessoal. Daí o Cristo ter revelado que “muitos são chamados e poucos os escolhidos”.
Se o Iniciado não tiver o coração aberto e a pureza em seu coração não consegue enxergar o que só os puros de coração podem conseguir.
Os segredos são passados de geração em geração aos que são dignos de receberem os mistérios do Cristo.
Não cabe ao homem querer, estudar e/ou procurar nenhuma técnica para se colocar em condição de ser merecedor dos mistérios, é preciso se entregar e se colocar à disposição do sagrado. É preciso vencer a si mesmo. Vencer o seu ego.
Sem abrir o seu coração a Deus, sem se entregar a uma nova vida, sem abandonar os velhos vícios é impossível renascer. Sem renascer, é impossível encontrar o “reino de Deus”.
A sabedoria Templária consiste no renascimento do homem, em colocar prática os ensinamentos sagrados. Em se entregar ao Deus da justiça, do amor, do perdão, da solidariedade, da fraternidade, da bondade, da compreensão...
Muitas vezes o Iniciado é convidado a voltar ao ponto de partida para que o caminho seja melhor compreendido. Daí os Templários terem construído tantos labirintos. Esses labirintos levam o curioso a desistir ou então se enveredar por outros caminhos.
Em Hebreus 4 lê-se que “não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”, portanto, ninguém pode preparar ao outro, é preciso que cada um se coloque diante do santuário de forma pura e limpa, para ali permanecer e ser merecedor do conhecimento dos mistérios de Deus, caso contrário, terá olhos e não verá e ouvidos e não ouvirá.
Os primeiros Templários - Irmãos Maiores da Ordem - ao tomarem conhecimento de tantos mistérios assumiram um compromisso com Deus de os resguardar, assim vem sendo feito através dos séculos.
Só o Iniciado, por si mesmo, por seus próprios méritos pode chegar ao Graal. Eis a sabedoria Templária, pois ela provém de Deus.

Fr. A.N. 

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quinta-feira, 10 de março de 2016

O Iniciado


Ao contrário de toda a facilidade que se possa imaginar, tornar-se um Iniciado de uma Ordem Esotérica, representa o início de uma longa jornada cheia de curvas e retas, subidas e descidas, pedras e campos, flores e espinhos. Disse Jesus Cristo o Mestre dos Mestres: “muitos são chamados e poucos os escolhidos”.
Muitos pensam que a Iniciação o transformará como um passe de mágica em uma nova pessoa, que lhe mostrará segredos há muito preservados, o que foge a toda a realidade. Disse Jesus “digo meus mistérios aos que são dignos de meus mistérios”, portanto, é preciso fazer por onde merecer ser escolhido e preparado.
Assim como a lagarta se torna crisália e depois do estado de “gestação espiritual”, ou seja, de quietude torna-se borboleta, também o homem carece da mesma quietude, do acalmar do seu coração, da contemplação e da meditação para alcançar o estado que o levará a descobrir “reino de Deus”, que na verdade, habita dentro do próprio homem.
A experiência Iniciática serve para mostrar ao homem o caminho a seguir, já o caminhar, este depende do próprio homem.
Imaginemos que o homem se encontra em um lugar frio e úmido, como se fosse um tumulo, assim é o mundo profano. Com a Iniciação uma porta se abre para ele. Esta porta representa uma nova vida, mas só ele pode decidir se quer ou não trocar de ambiente. Assim é a Iniciação. Ela não transforma quem não quer transformar a si mesmo. Daí muitos desistirem no meio do caminho como fizeram aqueles discípulos e seguidores do Mestre Nazarenos em Cafarnaum ao dizerem “duro é esse discurso”, ou seja, a verdade que liberta.
O homem “moderno”, trocou a quietude do “útero materno”, pelos sons produzidos pelas máquinas acreditando que tais sons retirariam dele o medo da “solidão”, deixando assim de perceber que ao fazer isso perdeu a sua segurança e o conforto material e espiritual.
Estar acompanhado por alguém, não quer dizer deixar de estar só. Não é o outro que complementa e preenche o espaço vazio na vida do homem. Para preencher esse espaço é preciso compreender as palavras do Mestre ao mostrar o caminho da eterna felicidade introduzindo o mais completo de todos os mandamentos “amar ao próximo como a si mesmo”. Este mandamento na verdade deve ser executado de forma contrária pois o Cristo diz que é preciso amar primeiro a si mesmo, de forma intensa, pura, forte, completa, lembrando-se sempre que o “corpo é morada do espírito”. Só assim, é possível amar ao outro com a mesma intensidade.
Ninguém pode amar ao próximo se não amar a si mesmo primeiro, se não descobrir que seu corpo é o “templo do Senhor”.
Visto por este prisma, o mandamento convoca o homem a uma transformação. A uma verdadeira Iniciação. A um renascimento.
Compreendendo a essência do mandamento, o homem deixa de procurar fora o que só encontra dentro de si. Quem diz isso é o próprio Mestre ao afirmar que “o reino de Deus está dentro de vós”.
Conhecendo a comodidade e a fraqueza humana, muitos “falsos profetas” tem surgido, inspirados nas ações de muitas religiões, apresentando fórmulas mágicas de salvação e redenção, fazendo disso uma forma de enriquecer.
O caminho da perdição é largo. O caminho da salvação é estreito.
No caminho da perdição tudo é fácil, tudo se mostra “belo”, tudo se mostra “prazeroso”, tudo se transforma como passe de mágica. Só existe o agora, e, o prazer que ele proporciona!
No caminho da salvação não existe ilusão, não existe facilidade, existe “orar e vigiar”, trabalhar para a transmutação alquímica do homem velho, em um novo homem. Neste caminho, aparentemente “penoso”, está a verdadeira felicidade e complementação do homem. Nele não existem surpresas e muito menos “ressacas morais” daquelas que durante as festas todas bebidas, drogas e orgias são “prazerosas”, mas no dia seguinte, vem a rebordosa. A desilusão. O corpo está “destruído”, enquanto que a alma, ou o eu divino, “cobra” ao ego inconsequente todo aquele desgaste físico, mental e espiritual.
O caminho do renascimento traz ao homem todas as respostas que ele busca sem que ele precise buscar as respostas. Não é mais o ego que está no comando, querendo os olhares e flash para ele, mas, o eu divino que passa a controlar toda a situação. Não é ego que se alimenta mais do supérfluo, mas o eu divino que recebe a “água viva” e o “alimento que não perece” consciente de que ambos os nutre para a eternidade.
Assim, passo a passo, o Iniciado vai descobrindo que o velho homem acumulava o desnecessário e iludia-se com seus brilhos, cores e sons.
Na medida que o Iniciado descobre que tudo o que necessita está dentro de si mesmo, deixa de buscar fora aquilo que precisa.
Muitos acham que basta orar, mas esquecem do vigiar. Vigiar para não mentir, pois “a verdade o libertará”. Vigiar para lembrar-se que o outro é sua extensão e se assim o é, merece respeito, amor e carinho. Vigiar pois não se pode “servir a dois senhores, pois ou se agradará a um ou se desagradará a outro”.
Quando Nicodemos, doutor da lei na calada da noite procurou o Mestre em busca de descobrir o caminho da salvação, recebeu dele a resposta que era preciso “renascer, nascer em espírito”. Da mesma forma que quando o jovem rico buscou ao Mestre para saber o mesmo ele respondeu “vai, vende tudo que tem, distribui aos pobres e segue-me”.
A Nicodemos Jesus não disse que ele precisava entrar de volta ao útero materno, como o próprio “doutor” chegou a questionar, mas disse-lhe que era preciso mudar de rumo, deixar de seguir ao senhor deste mundo e “calçar às suas sandálias”.
Ao jovem não disse que deveria vender seus bens, mas deixar de cultuá-los, de venerá-los, de segurá-los para si como se fossem a “tabua da salvação” e convocou-lhe a se dedicar às práticas do bem, do servir ao próximo, do ampará-los. A seguir –lhe. Sugeriu que troca-se de rumo, que se converte-se em “novo homem”.
Aquele que deseje se tornar um Iniciado Templário e/ou de qualquer outra Ordem Esotérica, deve lembrar-se que o caminho é estreito e que a luz surgirá na medida em que se dedique e se disponha “orar e vigiar” lembrando-se sempre que servir é a grande graça e o receber é a consequência do servir desinteressadamente.
Um fraterno abraço a todos.
Fr. A.N.

sexta-feira, 4 de março de 2016

A história de Jesus Cristo contada por quem sabe

O Mestre em arqueologia Dr. Rodrigo Pereira da Silva, narra no programa do Jô Soares, com muita propriedade sobre a história da época de Jesus e garante que o Cristo existiu, que foi crucificado e que ressuscitou.
Mostra na entrevista muitos achados arqueológicos do tempo de Jesus entre eles cravos (pregos) como os que estão fixados na cruz na Ermida da Virgem Maria.
Rodrigo fala também sobre os cruzados (irmãos Templários) que participaram da defesa da Terra Santa no período Medieval.
Fala sobre Maria Madalena como a primeira a falar sobre a ressurreição de Jesus.
Fala sobre Constantino, o Evangelho de João do primeiro século da era Cristã.
A entrevista em sua integra pode ser vista no link a seguir, sendo que os primeiros 2 a 3 minutos são de apresentação de Jô Soares.