Nos tempos antigos a família
acordava, tomava o café da manhã, almoçava e jantava juntos. Depois da ceia, se
reuniam falavam de suas vidas, dividiam suas alegrias e tristezas, cresciam dia-a-dia,
havia tempo para educar os filhos e fazê-los crescer como pessoas do bem e
tementes a Deus, assim davam continuidade a uma família criada aos moldes de
Deus. Uma família que respeitava os mais velhos, que conhecia o valor das
coisas, trabalhava, vivia, descansava e que tinha tempo uns para com os outros.
Tinha hora do trabalho, do descanso, do lazer e de falar com Deus mostrando sua
gratidão e seu amor pelo Criador. Uma família era para sempre, afinal, o que
Deus uniu o homem não pode separar.
Com o crescimento do materialismo, da
lei do quanto mais melhor, o homem foi trocando a família pelas coisas e
afazeres e assim a família foi se desfazendo.
Muito pouco resta da família antiga e
o pouco que resta também vem morrendo, o homem foi tendo tempo para tudo, menos
para cultivar a sua família, e, o resultado disso, pode ser visto com tantos
idosos sendo jogados em asilos, tantas crianças doentes, tantos adultos com stress,
depressão e outras tantas doenças. O homem foi ficando obeso, seu celebro foi
criando gordura e ele foi ficando vazio.
E o que fazer para reverter esse
quadro frustrante e falido?
Que tal lembrar que a família é um
conjunto onde todos são membros? Que tal dar mais valor à vida que aos
negócios? Que tal compreender que “há tempo para todas as coisas”? Há tempo de
trabalhar e de descansar, há tempo de comer e fazer a digestão, há tempo de
cuidar dos afazeres e da família.
É necessário ter tempo para cultivar a
família, tendo em vista que é ela o elo de ligação entre o eu e a sua extensão:
seus filhos, esposa, marido etc...
Sem reverter o quadro atual tornasse difícil
a formação de uma sociedade mais humana, gregária, solidária, com mais amor,
carinho e respeito pelo outro.
De que vale dizer que se ama o
próximo e não mostrar esse amor na prática?
Amar é mais que palavra, é ação.
Se queremos que esse mundo volte ao
seu ritmo de comunhão é preciso que comecemos pela família, afinal como é
possível oferecer amor ao outro se não for cultivado o amor dentro do próprio
lar?
Fr. A.N.
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