sexta-feira, 17 de março de 2017

Vida e morte de Jacques De Molay

Homenagem a Jacques De Molay na parede do
Gran Priorato Templário do Brasil - Cavalaria Espiritual São João Batista
Hoje é um dia muito significativo para todos nós Templários do Brasil e do mundo. Neste dia 18 de março de 2017, há exatamente 703 anos Jacques De Molay, 23º Grão- Mestre da Ordem do Templo era queimado vivo em frente à Catedral de Notre Dame, em Paris, França devido a ganância do rei Felipe, o Belo, da França e a omissão do Papa Clemente V.
Nós do Gran Priorato Templário do Brasil  - Cavalaria Espiritual São João Batista em nome da OSMTH-Porto da qual o Fr.+++Albino Neves é o representante legal nomeado pelo 51º Grão-Mestre da Ordem do Templo, Don Fernando Campello Pinto Pereira de Sousa Fontes, Legado Magistral, ou seja seu representante legal no Brasil e Gran Prior do Brasil, nomeado pelo Gran Prior Internacional, V.M. Iacopo, do Gran Priorato Internacional Templário Jacques De Molay – GPIT-SMOTH apresentamos aqui nossas homenagens ao Mártir Grão-Mestre Jacques De Molay.

Sede do ComplexoTemplário do
Gran Priorato Templário do Brasil - Cavalaria Espiritual São João Batista
Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, uma pequena e próspera região em Haute Saone, França, no ano de 1244. Aos 21 anos de idade, foi iniciado na Ordem dos Cavaleiros Templários.
Em 1298, Jacques DeMolay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros, uma posição de poder e prestígio, tendo assumido o cargo após a morte de seu antecessor Teobaldo Gaudini no mesmo ano (1298).
De 1299 a 1303, Jacques permaneceu no Chipre, planejando um contra-ataque aos Mamelucos com a ajuda das tropas cristãs, as forças armênias e um novo aliado: os Mongóis. Ghazan, o general mongol de Ikhanate, propôs uma aliança franco-mongólica para expulsar os mamelucos da Síria e do Egito. A coalizão conseguiu uma vitória na batalha de Wadi-al-Khazandar, em dezembro de 1299, enquanto Jacques e o rei Henrique II de Jerusalém comandavam uma frota de 16 navios que realizavam ataques paralelos nas costas egípcias, enfraquecendo as defesas mamelucas.
Os Templários conseguiram dominar uma pequena base em Tortosa em 1300 mas os mongóis foram barrados e não conseguiram reforçar a posição em 1300, 1301 e 1302, quando as tropas mamelucas tomaram o castelo na Batalha de Ruad, em 26 de setembro de 1302.
Naquela época, o rei Felipe, o belo, estava atolado em dívidas com os Templários por conta de sua guerra contra a Inglaterra. Ele estava insistindo que o Papa Clemente unisse as Ordens dos Templários e Hospitalários sob uma bandeira e que ele, Felipe, ficasse como Rex Bellator (Rei Guerreiro). Além disso, Felipe estava arrumando encrencas com o papado ameaçando taxar as Igrejas na França.
O Papa Bonifácio VIII tentou excomungar Felipe, mas foi encontrado morto em circunstâncias misteriosas logo antes de assinar seu decreto. Seu sucessor, Benedito VIII, tentou contestar o rei, mas acabou morto, envenenado. Clemente, que era mais esperto que a maioria dos ursos, fez um acordo com o rei e abriu as portas da Igreja Católica para os interesses da França. Ele chegou inclusive a mudar o papado de Roma para Poitiers, na França, tornando-se marionete nas mãos do rei.
O Líder dos Hospitaleiros ficou detido na Terra Santa por conta de ataques contínuos a Rhodes, então Demolay ficou sozinho na França com o Papa e o rei.
Para mover seu plano astucioso, Felipe usou um nobre francês de nome Esquin de Floyran. O nobre teria como missão denegrir a imagem dos Templários e de seu Grão-Mestre Jacques DeMolay e, como recompensa Floyran receberia terras pertencentes aos Templários logo após derrubá-los.
Em 14 de setembro de 1307, Felipe começou a movimentar seus agentes contra os Templários em toda a França. O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques Demolay havia ido a França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e havia levado consigo poucos homens, sendo esses todos nobres. Na madrugada de 13 de outubro (uma sexta-feira, de onde se originou a história de sexta-feira 13 ser um dia infame) Jacques DeMolay, juntamente a seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret.
Durante sete anos, Jacques DeMolay e os Cavaleiros sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto os Cavaleiros não se dobravam, Felipe IV gerenciava as forças do Papa Clemente para condenar os Templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas à proteção de Felipe.
Após três julgamentos, Jacques DeMolay continuou sendo leal para com seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros.
Em 18 de Março de 1314, ele foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por Jacques DeMolay, mas em público, ele desmentiu as confissões forjadas. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão, era a morte.
Jacques DeMolay morreu com 70 anos, durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe, O Belo: "NEKAN, ADONAI!!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS !!!"
A execução de Jacques De Molay ocorreu em 18 de março de 1314. Suas últimas palavras foram: “Senhor, permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniquidade e a crueldade nos fazem suportar. Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe. Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que se esforçam em viver para Vós. Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina Presença nas moradas bem-aventuradas. Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência. Intimo o Papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente derramaram”.
O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e conselheiro real Guilherme de Nogaret e, no dia 27 de novembro de 1314, morreu o rei Felipe IV com seus 46 anos de idade. 

Doutora Barbara Frale mostra o documento de Chinon que comprova
 a inocência e absolvição dos Templários
Em 2002, A Dra Barbara Frale encontrou uma cópia dos Pergaminhos de Chinon nos arquivos secretos do Vaticano. Um documento que confirma explicitamente que o Papa Clemente V havia absolvido Jacques DeMolay e outros líderes da Ordem, incluindo Geoffroi de Charney e Hughes de Pairaud. Ela publicou seus artigos no Journal of Medieval History, em 2004.
Um documento, apreendido pelas tropas de Napoleão depois de terem invadido a cidade de Roma, em 1809 e referido por Gérard de Sede descrevia o testemunho de um Templário, de nome Jean de Châlons aludindo a “três carroças enormes puxadas por cinquenta cavalos que haviam saído, na quinta-feira, 12 de Outubro de 1307 (a véspera da prisão dos Templários), do Templo de Paris, conduzidas por Hughes de Châlons, Gérard de Villers e cinquenta outros cavaleiros, transportando “totum thesaurum Hugonis Peraldi” (Hugo de Pairaud, o grande Visitador de França).
O mesmo Templário teria afirmado que o conteúdo das três carroças teria sido embarcado no porto Templário de La Rochelle e seguido em 18 navios da armada dos Templários com destino desconhecido, mas que, certamente seriam paragens mais amistosas para a Ordem do que as de França.

“Apesar do reconhecimento da inocência dos Templários publicado em um livro vendido por cerca de R$15 mil cada exemplar por ocasião do Papado de Bento XVI e do reconhecimento e pedido de desculpas feito pelo Papa Francisco face as barbáries cometidas no Período Medieval a Ordem ainda aguarda e confia 
que a Igreja faça um pedido formal de desculpas à Ordem do Templo, enquanto isso, continuaremos com a espada desembainhada aguardando Justiça”, tais palavras foram ditas pelo Fr. +++Albino Neves ao Grão-Mestre Don Fernando de Sousa Fontes ao receber de suas mãos a Medalha comemorativa aos 700 anos da morte de Jacques De Molay no gabinete do Grão-Mestre, em Portugal. 

O Grão-Mestre Don Fernando  de Sousa Fontes e o Gran Prior Fr.+++ Albino Neves




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e saiba mais sobre Jacques De Molay


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