quinta-feira, 14 de maio de 2020

A MORTE DE JOÃO BATISTA E O OCULTO




As escrituras sagradas nos surpreendem a cada instante, revelando o oculto por trás das passagens aparentemente simples.
A morte de João Batista, patrono da Ordem dos Cavaleiros Templários, nos traz importantes ensinamentos e revelações.
O primeiro deles é que a vingança habita no coração das pessoas, sem que muitas das vezes, se apercebam disso.
Herodíades que fora mulher de Felipe, irmão do rei Herodes, guardava dentro de seu coração o ódio, pela verdade pregada por João Batista que dissera a Herodes "não te é licito possuir a mulher de teu irmão".
Herodíades guardava mágoa e ressentimento das palavras de João Batista e esperava a hora certa para vingar-se. A hora se deu no aniversário natalício de Herodes, quando Salomé filha de Herodíades, dançou e agradou ao rei e aos convidados.
Apesar das palavras de João Batista, Herodes mostrava que tinha certo apreço por ele e não previa que ao fazer uma promessa pública, viesse pagar um preço tão alto, numa demonstração de que antes de fazer qualquer promessa, é preciso que o homem avalie sobre ela, restringindo-a ao tamanho que não venha provocar perdas irreparáveis, danos, desilusões e tristezas.
Herodes prometeu com juramento para filha de Herodíades, após ela ter dançado para alegrar a ele e os convidados, que "daria o que ela pedisse".
Salomé então consultou sua mãe, que mantinha ódio mortal pelas verdades ditas por João Batista.
Instigada pela mãe, Salomé disse "dá-me, aqui, em um prato, a cabeça de João Batista".
Diante da promessa de Juramento, da falta de coragem, da falta de temor a Deus, da falta de amor próprio e ao próximo, de não saber se colocar em seu lugar, como Rei, de não saber dizer não a um pedido tão absurdo "entristeceu-se o rei, mas por causa do Juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lhe dessem. Foi trazida a cabeça num prato, e dada a jovem, que a levou a sua mãe".
Várias são as lições que se extrai desta passagem:
Nem tudo se pode prometer sem que haja a consciência de que se pode cumprir;
A autoridade deve ter responsabilidade suficiente para saber dizer não ao que venham contrariar os seus princípios e a sua própria crença;
O ódio, o rancor e a vingança vivem adormecidos como uma cobra pronta para dar o bote na hora certa;
Muitas vezes o inimigo mora e dorme com o homem;
O homem deve ter coragem para bater com cetro na mesa e fazer valer a sua vontade e o seu poder, mesmo que isso desagrade a quem quer que seja, tendo em vista, que o mal não pode prevalecer sobre bem;
Para amar ao próximo, o homem tem que se amar profundamente, e o rei deixou que o amor por Herodíades viesse “entristecer” o seu coração, demonstrando que não se amava o suficiente, daí, tornou-se um fantoche nas mãos daquela que ele tomara como esposa;
Essas e outras tantas lições devem servir como parâmetro para todo homem, mostrando que ele deve temer a Deus e aprender a amar profundamente a si mesmo, para que possa exercer o amor ao próximo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.