sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O homem e seu destino


Jesus, o médico da alma, nos ensinou desde cedo que só se pode curar a quem deseja ser curado. Ele, como filho de Deus, conhecedor da Lei do livre arbítrio, entendia que sem a vontade não existe a realização da cura.
Ora, quando uma pessoa esta doente, deve procurar um médico e não um curandeiro, um “aprendiz” de feiticeiro, ou outro doente igual a ela. Assim sendo, a cura de qualquer mal passa impreterivelmente pelo caminho da vontade, da escolha. Não de uma vontade qualquer, conveniente ao momento, mas de uma vontade que parta do coração.
Jesus nos ensinou que devemos amar a Deus em primeiro lugar e ao próximo como a nós mesmos. Ora, isso quer dizer que entre Deus e o próximo existe alguém muito importante e esse alguém, somos nós. Você já parou para pensar sobre isso?
Portanto, o amor ao próximo, deve partir do nosso amor, do nosso compreender que somos o “templo do Senhor” e se assim o somos, temos que cuidar desse templo com amor, carinho, respeito e a devida atenção.
Quem diz nos amar, deve compreender que se o amor for verdadeiro precisa ser tratado como se fosse uma criança recém nascida, com todo cuidado e respeito.
Não se ama a alguém provocando nesse alguém sentimentos que o firam, que devastem seus jardins de sonhos e de amor. Isso porque, não se pode abrigar no templo pessoas que sejam impuras, que estejam maculadas pelas energias do mal, sejam elas nas ações, atos, palavras e pensamentos.
Nenhum coração amargurado pelo ódio e pelo rancor consegue ver a Luz. Nenhuma mente doentia pelo mal consegue penetrar na Luz. Nenhum corpo tomado pelo mal pode adentrar no templo de Deus.
A preparação do homem passa pelo próprio homem.
Mesmo que o homem não acredite em uma vida vindoura, deve saber que o corpo hoje jovem, amanhã será ancião. A pele não terá mais a mesma elasticidade, o raciocínio não será mais tão veloz, a disposição não será mais vigorosa, as pernas não correram como hoje, os olhos estarão cansados. Nesta hora, o homem descobrirá que não poderia ter fechado tantas portas, pois sentirá a sua fragilidade e a sua necessidade de quem o ampare, de quem seja as suas pernas, os seus olhos, as suas mãos, o seus sentidos, quem lhe cubra de amor e carinho, pois esses são os ingredientes que carecem tanto a criança recém nascida, como o ancião em seus dias finais.
Diante de tudo isso vemos que o ódio entorpece a mente, o ressentimento mata os sentimentos mais puros e apenas o amor pode nos garantir um futuro promissor, onde todos tenham a vontade de embalar os nossos sonhos de ancião.
Fr. A.N.

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