Pela terceira vez o Fr. +++ Albino Neves, Gran Prior do Brasil esteve emTomar,
desta feita foi acompanhado pelo Gran Prior do Paraguay, Fr.+++ José
Riquelme.
A visita começou na Igreja de São João Batista, no centro da parte
histórica da cidade, onde assegura a história Templária que existe um túnel
ligando-a ao Castelo Templário de Tomar, hoje, Convento de Cristo. Ao longo do trajeto
percorrido pelo postulante durante horas seguidas, ele enfrentava seus medos e
temores, seus fantasmas e imaginações. O encontro consigo mesmo conduzia o
postulante a melhor se conhecer, sendo este o primeiro passo do seu renascimento.
Os Gran Priores foram acompanhados pelo jovem Escudeiro
Gabriel O.R., cujos olhos brilhavam enquanto penetrava no seio da história da
Ordem.
Conheça mais a fundo a história do Castelo de Tomar.
https://www.youtube.com/watch?v=h8i4fZDDKP0
Conheça mais a fundo a história do Castelo de Tomar.
https://www.youtube.com/watch?v=h8i4fZDDKP0
Na visita ao Castelo Templário os Gran Priores estiveram na
Sala do Capítulo, onde os Irmãos se reuniam em capítulo estudando os mistérios
da vida e desvendando a essência do Evangelho Sagrado. Estiveram na Charola
central, cujas paredes adornadas com obras de artes seculares, muitas delas
folheadas a ouro, marcam a sensibilidade e a cultura daqueles que marcaram a
história da Idade Média de forma ímpar.
Visitaram as Celas onde dormiam, meditavam e mergulhavam em orações
os Monges/Guerreiros.
Na Janela do Capítulo constataram a sensibilidade esculpida
na obra “manuelina”, cuja mensagem é clara sobre os dois mundos, o material e o
celestial. Na coluna à esquerda é possível ver anjos elevados, sem ter seus pés
sobre a pedra visto que estão suspensos no ar, sem nenhuma base para os
sustentar. A coluna é adornada por alcachofras, planta que vai ao fogo e como a
fênix renasce das cinzas. No meio da coluna uma corrente a transpassa de um
lado ao outro, cuja sequencias de elos simbolizam a união mais perfeita
conhecida pelo homem. Já na coluna da direita vê-se um homem assentado sobre a
pedra, demonstrando que ele ainda necessita dela para se sustentar nesta vida.
A coluna também é adornada por alcachofras, desta feita para mostrar ao homem
que ele pode ressurgir das cinzas e encontrar a luz. No meio desta um grande
cinturão mostra que o homem deve saber apertar e afrouxar seu caminhar de
acordo com seu desenvolvimento.
Os Templários visitaram as demais dependências daquele
Patrimônio Histórico da Humanidade que guarda os mistérios e segredos da maior
Ordem da história da humanidade.
“Cada visita ao Convento de Cristo, como hoje é chamado o
Castelo Templário de Tomar proporciona ao Cavaleiro uma nova visão, uma nova
descoberta das mensagens cifradas e deixadas pelos Irmãos Maiores sobre a
história da Ordem do Templo”, realçou o Gran prior do Brasil.
Além de todo grande acervo entre símbolos, pinturas,
esculturas, gravuras e arquitetura existentes em cada canto daquele lugar, algo
a mais chamou atenção do Gran Prior +++ José Riquelme enquanto o Gran Prior do Brasil discorria
sobre a história e simbolismo das duas colunas que se encontram uma de cada
lado da Janela do Capítulo. Ao olhar para a parte de baixo da Janela cujo
centro tem o formato de um “íris”, desses que são usados em câmeras
fotográficas, José Riquelme viu uma cabeça esculpida, notando que a mesma tem
significativa semelhança com o perfil do rosto do Gran Prior Fr. +++ Albino
Neves, o que foi confirmado por este. Coincidência?
História
Informações levam a crer aos historiadores que por ocasião da
perseguição aos membros da Ordem, na França, durante o reinado de Felipe, o
Belo, em 1307, seus tesouros teriam desparecido, para decepção do ambicioso
monarca. Muitos acreditam que parte dele teria sido embarcado para Tomar, o que
não foge muito a realidade, tendo em vista que Portugal deu apoio aos Monges/Guerreiros
desconsiderando a posição e postura de Felipe, o Belo. O fato é que a partir
daquela data, de posse das cartas, dos conhecimentos náuticos e do poderio
financeiro da Ordem Portugal lançou-se ao mar em grande escala, partindo para
as grandes descobertas, abrindo assim as portas do mundo para o Ocidente.
“Fiat voluntas tua” – “Seja feita a vossa vontade” -, com
estas palavras o escritor Joaquim Nunes, nascido em Santa Maria dos Olivais,
freguesia de Tomar, Portugal, inicia o capítulo XVI de seu livro “O Mestre
Templário na fundação de Portugal”. Tal livro foi entregue ao Gran Prior do
Brasil Fr. +++
Albino Neves, por sua amiga Maribel, na cidade do Porto, com a seguinte
dedicatória: “que a luz do conhecimento brilhe sempre em seu horizonte”.
Sim a vontade de Deus se fez e se faz presente em Tomar, onde
se encontra um dos ou o maior acervo vivo da Ordem dos Cavaleiros Templários,
que desde 1.307 passou a chamar-se em Portugal pelo nome de Ordem de Cristo.
O castelo/igreja tem sua construção datada com início em
1.160 e foi inspirado segundo o escritor nas Igrejas bernardenses, o que
demonstra que certamente está foi uma homenagem do Mestre Templário Galdim Pais,
seu construtor, à São Bernardo, que instituiu as regras da Ordem do Templo.
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