sábado, 19 de novembro de 2011

Templários guardaram o Manto de Turim


http://www.youtube.com/watch?v=XyH4l_2ZCXw&feature=youtu.be



Bárbara Frale, uma perita italiana estudiosa da Ordem dos Templários, precisou em um recente artigo que estes cavaleiros medievais custodiaram durante um século o Manto de Turim, para que este não caísse em mãos dos hereges da idade Média como os cátaros. Em seu novo livro "Os templários e a Síndone de Cristo", Frale dá a conhecer os detalhes que sustentam esta afirmação a partir de seus estudos no Arquivo Segredo Vaticano que recentemente deu a conhecer o "Processo contra os templários".
Neste processo, explica a perita italiana, aparece uma história em que se relata que em 1287 um jovem de boa família chamado Arnaut Sabbatier ingressou na Ordem e após sua admissão foi levado a um lugar privado do templo para que venerasse o Manto de Turim beijando-o três vezes os pés.
Segundo Frale, este desconhecido episódio para os historiadores oferece mais detalhes a sua investigação. Em 1978, prossegue Frale "um historiador de Oxford, Ian Wilson, reconstruiu as peripécias históricas da Síndone, precisando que esta foi roubada da capela dos imperadores bizantinos durante o tremendo saque consumado durante a quarta cruzada em 1204 e comparava este dado com o fato que os Templários "adoravam secretamente um misterioso 'ídolo' no que se apreciava a um homem barbado".
Barbara Frale precisa depois que "graças a uma série de indícios, o autor (Wilson) sugeria que o misterioso 'ídolo' venerado pelos Templários não era outro que a Síndone de Turim, colocada em uma urna especial que era feita de modo que só se pudesse ver o rosto, venerada absolutamente em segredo assim que sua mesma existência ao interior da ordem era um fato muito comprometedor: o objeto tinha sido roubado durante um horrível saque, sobre cujos autores o Papa Inocencio III tinha declarado a excomunhão. O Concílio Lateranense em 1215 já tinha sancionado a mesma pena para o tráfico de relíquias". Para Wilson, precisa Frale, os "anos escuros" nos que não se sabe nada do Manto de Turim, correspondem a aqueles nos que foi "custodiada absolutamente em segredo pelos Templários". Em resumo, diz logo a perita italiana "os Templários procuraram a Síndone para conjurar o risco de que sua própria ordem sofresse a mesma contaminação herética que estava afligindo a grande parte da sociedade cristã de seu tempo: era o melhor antídoto contra todas as heresias", como a dos cátaros que afirmavam que Cristo não tinha um corpo humano nem sangue, não tinha sofrido a Paixão, não tinha morrido nem ressuscitado. Por isso, ter uma relíquia com rastros de sangue, que se podia "ver, tocar e beijar", continua Frale em um artigo de L'Osservatore Romano, era algo que "para o homem da idade Média não tinha preço, algo muito mais capitalista que um bom sermão", algo que os Papas entenderam bem, "por isso se compreendem iniciativas como a de Inocencio III que promoveu o culto à Verônica ou a de Urbano IV que solenizou o milagre (eucarístico) de Bolsena instituindo a festa do Corpus Domini". "Este livro - uma reconstrução de corte histórico-arqueológico que não entra em questões teológicas- representa a primeira parte de um estudo dedicado a Síndone que se complementará com um segundo volume em preparação de imprensa: A Sindone de Jesus Nazareno". Conclui. Outros Livros da Barbara Frale São "Um jornal Última Batalha dos Templários, Do Código de obediência militar à Construção do Processo por Heresia" (2001), "O Papado e o Processo contra os Templários  e a absolvição de Chinon inédita à luz da Diplomacia Pontifícia "(2003)," Os Templários (2007); e "Notícias Históricas Sobre o Processo e a absolvição dos Templários (2007). Fonte: ACIDIGITAL

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